Em sessão na Câmara cultura protesta pelo terceiro dia e pede justiça nos investimentos pela Prefeitura

por | dez 14, 2023 | capital, economia, entretenimento, política

A sessão desta quinta-feira (14) na Câmara Municipal de Campo Grande foi tumultuada, o vereador Tiago Vargas (PSD) em seu discurso durante a fala da artista Romilda Pizani, mostrou uma carteira de trabalho em tom de provocação diante dos representantes da cultura que lotaram o plenário para cobrar repasse ao setor.

O vereador afirmou que na Funsat (Fundação Social do Trabalho) existiam 1,5 mil vagas de emprego, houve discussão entre o parlamentar e a plateia e diante dos “ânimos exaltados” o presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto Borges (PSB), vereador Carlão, suspendeu a sessão.

Apesar de alguns vereadores pedirem intervenção da comissão de ética, Carlão disse que Tiago Vargas tem prerrogativa do cargo dele, mas pelo comportamento vai levar uma advertência.

Integrante do Fórum Municipal da Cultura, Romilda Pizani defendeu: “Nós trabalhamos com a essência do ser humano. Somos trabalhadores”. Em seguida, pediu que “a Câmara melhore o regimento interno e que isso não seja apenas uma advertência”. Neste momento, Romilda teve a fala cortada pelo vereador Carlão.

“Estou nada casa do povo onde não posso falar, respeitando autoridade, mas a minha voz foi silenciada porque estava apontando falhas do regimento. Vereadores podem fazer o que quiserem, porém não há um regimento que puna de fato. O Tiago Vargas levanta a carteira de trabalho apresentando para uma classe de trabalhadores que estão aqui reivindicando seus direitos, não dá”, disse.

Em seguida, o presidente da Câmara respondeu: “Fui duro com ela, peço desculpas, mas na presidência temos que ter o controle e poderia ter o contraponto do vereador”. Ela tem oportunidade de falar quando quiser.

Este foi o terceiro dia de protesto dos trabalhadores do setor cultural de Campo Grande que evidenciam a falta de incentivo às artes na Capital. O município não recebe investimentos desde 2021. Pressionada, a prefeitura se defendeu e alegou que R$ 9,727 milhões serão destinados ao setor em 2024, os manifestantes estavam na Câmara desde o início da manhã.

“Os vereadores aprovaram R$ 2 milhões de acréscimo para a cultura e a prefeita alega que não tem como incluir no edital, querendo assim nos repassar somente R$ 4 milhões, mesmo não tendo publicado os editais de 2022 e 2023, o mínimo seria R$ 6 milhões para amenizar, porque não atende as demandas de toda a classe artística de Campo Grande”, justifica Romilda Pizani.

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